25 de mar. de 2014

Série de TV "COSMOS" volta ao ar e promete viagem ao Universo



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Lançada nos EUA em 1980 e exibida pela Rede Globo em 1982, a série de TV “Cosmos” inspirou uma geração de jovens ao redor do mundo a se dedicar ao estudo de ciências. Criada pelo astrônomo americano Carl Sagan e sua esposa, Ann Druyan, e apresentada pelo próprio Sagan, ela convidou os espectadores a embarcar na “espaçonave da imaginação” em uma viagem de 13 episódios pelo Universo, a origem e evolução da vida na Terra, o alvorecer da Humanidade, sua cultura e conhecimento e a possibilidade de existência de inteligência extraterrestre, entre outros assuntos, tornando-se um marco da divulgação científica. Agora, quase 20 anos após a morte de Sagan, em 1996, “Cosmos” volta à tela em versão atualizada, com a “nave da imaginação” desta vez capitaneada pelo astrofísico Neil deGrasse Tyson, diretor do Planetário Hayden, em Nova York.

Como é comum na ciência, da série original de Sagan, que tinha como subtítulo “Uma viagem pessoal”, para a nova (com o subtítulo “Uma odisseia no espaço-tempo”, que estreou nos EUA no domingo e terá o primeiro dos seus também 13 episódios exibido no Brasil pelo canal de TV a cabo “National Geographic” amanhã à noite), muito do que se achava certo mudou. Então, por exemplo, acreditava-se que a força da gravidade eventualmente frearia o processo de expansão do Universo ou que os sistemas planetários como o nosso eram raros. Hoje, porém, sabe-se que a expansão do Universo não só não está diminuindo de ritmo como se acelerando, impulsionada pela misteriosa energia escura, enquanto observações cada vez mais minuciosas e sofisticadas indicam que os planetas extrassolares são mais uma regra do que uma exceção.

— Muitas coisas se juntaram para fazer desta a hora certa para isso (uma nova versão de “Cosmos”) — reconheceu Tyson em entrevista ao site da “National Geographic” antes da estreia do programa. — Avançamos muito nos últimos 34 anos, mais que uma geração. Desde então, descobrimos milhares de novos planetas e muita coisa mudou.

O programa promete surpreender visualmente, já que, atualmente, temos muito mais recursos tecnológicos. Além disso, “Cosmos” é uma superprodução, que conta, inclusive com o diretor de fotografia da trilogia “Matrix”, Bill Pope. No episódio de abertura, Tyson revisita o primeiro capítulo da série original ao indicar o endereço da Terra no Universo e condensar toda a sua História em um ano, da qual a Humanidade só faz parte nos últimos 14 segundos.

Emoção na lembrança de encontro com Sagan


A escolha de Tyson, de 55 anos, como apresentador da nova versão de “Cosmos” também pode ser vista como natural. Filho de uma gerontologista e um sociólogo, ele foi criado no bairro novaiorquino do Bronx, onde frequentou escolas públicas e desde cedo demonstrou grande interesse pela ciência. Tanto que em uma passagem emocionante perto do fim do primeiro episódio de “Uma odisseia no espaço-tempo” ele mostra um diário de Sagan com seu nome anotado no dia 20 de dezembro de 1975 e lembra seu primeiro encontro com o já famoso astrônomo.

Então com 17 anos, o jovem estudante Tyson foi convidado por Sagan para ir a Ithaca, cidade no centro do estado de Nova York e lar da Universidade de Cornell, onde lecionava. Nevava forte naquele dia, e depois de levá-lo para conhecer os laboratórios e instalações da universidade, Sagan foi deixá-lo na rodoviária local. Preocupado, o astrônomo anotou seu telefone pessoal em um pedaço de papel e deu-o a Tyson, dizendo que se houvesse algum problema com o ônibus ele poderia passar a noite em sua casa com sua família. “Eu já sabia que queria ser um cientista, mas naquele tarde eu aprendi com Carl a pessoa que eu queria ser”, conta Tyson.

Apesar de posteriormente ter sido convidado pelo próprio Sagan para estudar em Cornell, Tyson preferiu ir para a Universidade de Harvard, onde se formou em física, obtendo posteriormente os títulos de mestre e doutor em astrofísica na Universidade de Columbia em 1989 e 1991, respectivamente, tendo colaborado em estudos que ajudaram a estabelecer as supernovas do tipo Ia como “velas padrão” para medir as distâncias no Universo. Mas a lição daquele dia em Ithaca permaneceu, e logo Tyson, a exemplo de Sagan, tornou-se um ferrenho defensor da ciência e um entusiasmado divulgador de seus conhecimentos.

À frente do Planetário Hayden desde 1996, Tyson passou a dedicar boa parte de seu tempo à divulgação científica, escrevendo livros, colunas em jornais e participando de programas de rádio e TV. Sua fama, no entanto, só cresceu a partir de 2000, quando encabeçou movimento para tirar de Plutão o status de planeta, tendo inclusive o excluído de modelo do Sistema Solar construído durante reforma no Hayden no início da sua gestão. Assim, quando em 2006 a União Internacional de Astronomia (IAU, na sigla em inglês) decidiu que Plutão passaria a ser designado apenas como “planeta anão”, agrupado com outros objetos de tamanho similar no Sistema Solar, Tyson ganhou o apelido de “assassino de Plutão”.


Participações especiais


De lá para cá, Tyson foi convidado para aparecer como ele mesmo também em diversos programas de ficção, tendo feito participações especiais em episódios de seriados de sucesso como “The Big Bang theory” e “Stargate Atlantis”. Ele também costuma apontar erros e imprecisões em produções cinematográficas. Em 2012, por exemplo, ele escreveu uma mensagem para o diretor James Cameron avisando que as estrelas estavam fora do lugar em uma cena do megassucesso “Titanic”, de 1997, o que levou Cameron a modificar a aparência do céu para a correta quando do relançamento do filme nos cinemas em versão 3D.

Matéria Original : O Globo

24 de mar. de 2014

Prepare a agenda! Saiba quando ocorrerão as chuvas de meteoros em 2014





Em 2014 não deixe passar a oportunidade de acompanhar as chuvas de meteoros que riscam o céu da Terra com suas lindas estrelas cadentes. Pegue o seu celular e anote na agenda quando você deve ficar atento para este fenômeno que acontece quando nosso planeta cruza a órbita de detritos deixados por meteoros. Num geral, as "estrelas cadentes" que avistamos são grãos de areia muito pequenos que se desintegram e não chegam a atingir a Terra.
As chuvas de meteoros são fenômenos anuais, que acontecem em épocas já estabelecidas do nosso calendário. As mais conhecidas e bonitas são as Leônidas e as Perseidas, mas nós separamos outras chuvas de meteoros que podem surpreender você! Lembre-se que um céu sem Lua e distante das luzes da cidade, além de uma dose de paciência, favorecem a observação das populares estrelas cadentes.

ABRIL

Lirídeas: ocorre no final de abril e você pode observar essa chuva de meteoros a partir da constelação de Lira.


MAIO

Eta Aquarídeas: o fenômeno ocorre na primeira semana de maio e pode proporcionar uma boa quantidade de meteoros por hora. Sua radiante é na constelação de Aquário.



JULHO

Delta Aquarídeas: sua ocorrência é no final de julho - seu pico está previsto para os dias 27 e 28.
Também ocorre na constelação de Aquário.



AGOSTO

Perseidas: a constelação de Perseu é o ponto inicial desta chuva de meteoros que ocorre em agosto. Seu auge deve acontecer entre os dias 11 e 12 do mês.



OUTUBRO

Orionídeas: ocorre no final do mês e sua origem está na constelação de Órion.



NOVEMBRO

Leonídeas: seu ponto alto é em meados de novembro e, como o nome sugere, seu radiante é na constelação de Leão.



DEZEMBRO

Geminídeas: com origem na constelação de Gêmeos, pode ter uma alta taxa de meteoros por hora. Ela acontece em meados do mês.


Matéria original: SeuHistory

21 de mar. de 2014

O Observatório Nacional e a Copa do Mundo de 2014

O Observatório Nacional e a Copa do Mundo de 2014


O Observatório Nacional está disponibilizando um catálogo referente a exposição que liga o futebol a temas científicos de Astronomia, Geofísica e Metrologia em Tempo e Frequência, áreas de atuação da instituição. Uma grande oportunidade para aproximar a ciência da sociedade é articular os temas científicos a uma grande paixão dos brasileiros: o futebol. Afinal, após 64 anos, a Copa do Mundo voltará a ser realizada no Brasil.

Tendo o humor como linha principal e o futebol como inspiração, a mostra "O Observatório Nacional e a Copa do Mundo de 2014" apresenta uma linguagem simples e visual, cujo objetivo é proporcionar uma reflexão sobre os fenômenos da natureza.

O trabalho propõe levar uma mensagem científica à população utilizando uma linguagem acessível. Sob cada imagem tem uma legenda, com certa dose de humor, que caracteriza a cena. A explicação científica do fenômeno é descrita, na medida do possível, de forma simplificada e objetiva.

Esperamos que essa interação da realidade cotidiana com os conceitos e imagens científicas desperte o interesse do público pela ciência.

Para acessar as imagens do catálogo, clique aqui.

20 de mar. de 2014

Astrônomos descobrem "Guerra de Cometas", prestes a começar no espaço




Um grupo de astrônomos no Chile conseguiu detectar uma verdadeira batalha cósmica, graças ao poderoso telescópio ALMA, localizado no deserto do Atacama. Segundo o artigo publicado pela revista Science, a guerra deve ocorrer próximo à estrela Beta Pictoris, na constelação de Pictor, mais ou menos a 63 anos luz da Terra. O movimento dos cometas em sua proximidade se assemelha a um jogo de bilhar, mas as consequências prometem ser catastróficas.

Os cometas que atravessam o espaço possuem grande concentração de monóxido de carbono, além de outros gases em seu interior gelado. Ao chocar-se com outros objetos, liberam seus gases, distribuindo-os de maneira uniforme. A Beta Pictoris, que pode ser vista a olho nu, é um modelo de sistema planetário jovem: abriga um planeta que orbita a 1.200 milhões de quilômetros, cercada por um grande disco de poeira cósmica.

Observações mais recentes demonstram que esse disco encontra-se repleto de monóxido de carbono, uma indicação de que o sistema planetário poderia se transformar em habitável. Uma guerra de cometas seria, na verdade, a melhor forma de fornecer água aos planetas, condição essencial para o desenvolvimento de qualquer forma de vida orgânica.

“Para produzir a quantidade de monóxido de carbono que temos observado, o ritmo das colisões deve ser grande, uma a cada cinco minutos, pelo menos”, assegurou Aki Roberge, astrônomo do Centro de Pesquisas Goddard da NASA, coautor do artigo.


Matéria original: clique aqui

18 de mar. de 2014

Astrônomos descobrem primeira prova direta da expansão do Big Bang




Alguém vai ganhar um prêmio Nobel! Ao menos é o que a comunidade de físicos diz após um anúncio feito nesta segunda-feira de que uma equipe de pesquisadores de Harvard, nos EUA, encontrou a primeira evidência direta de inflação cósmica após o Big Bang. É mais uma prova de que o Big Bang foi realmente o início de tudo.

A descoberta em si é um pouco complicada de se entender – e deveria ser, considerando que ajuda a explicar o começo da existência. Astrônomos descobriram especificamente uma torção de luz chamada polarização modo-B primordial. Isso se refere ao efeito turbilhão que as enormes ondas gravitacionais tinham nos fótons que escaparam do Big Bang e serve de prova de que essas ondas gravitacionais de fato existem. Até onde chega o entendimento das origens do universo, isso é algo enorme. Alguns dizem que esta descoberta tem o mesmo impacto do bóson de Higgs, de 2012.

Einstein, sendo Einstein, previu tudo isso em 1916. Sua teoria geral da relatividade levantou a hipótese de que essas ondas gravitacionais existem como ondulações no tecido de espaço-tempo, e os cientistas desde então vêm tentando provar a sua existência. Se as ondas gravitacionais existem, isso significa que a rápida expansão do universo nos momentos pós-Big Bang de fato aconteceu. O efeito é mais ou menos como ondas que se formam na superfície quando você solta uma pedra grande em um lago. No entanto, você também precisa imaginar que o Big Bang formou o lago em si.

Independentemente de como você consegue imaginar isso, é algo bem grande. “Se for confirmado, então será a descoberta mais importante desde, eu acho, que a expansão do universo está acelerando”, explica o astrônomo de Harvard Avi Loeb, que não estava envolvido na pesquisa. Loeb continuou: “vale um Nobel.”




Claro, tudo precisa ser confirmado. Os cientistas de Harvard não revelam descobertas de forma imprudente, entretanto. Eles também usaram um dos telescópios mais avançados do mundo, o BICEP2, na Antártida, para coletar os dados. “São pessoas extremamente cuidadosas e conservadoras”, Marc Kamionowski, um teórico de Johns Hopkins que foi uma das poucas pessoas a ver os dados antes deles serem revelados ao público, explicou à Time. “Eles têm essas evidências há três anos, procuraram explicações alternativas para o que estavam vendo, e sistematicamente descartaram uma por uma.”

E não se esqueça: Einstein comentou isso há um século. E se sabemos algo sobre Einstein, é que ele era um cara muito inteligente.

Esta nova descoberta também é uma boa oportunidade de revisitar as origens da ideia origal da inflação na era pós-Big Bang de Alan Guth. Eis uma página do seu caderno de anotações de quando ele fez a descoberta. [New York Times]


Por: Adam Clark Estes
17 de março de 2014
Matéria Original [Gizmodo]