27 de fev. de 2015

O grupo coletivo Teatro Astrono-Mágico dá um show com dois espetáculos sobre Astronomia

O projeto educativo Teatro Astrono-Mágico realizará no dia 07 de março, no Parque das Ruínas, dois espetáculos de mágica. O grupo preparou um Teatro de sombras e uma Palestra de astronomia com mágica para fazer a diversão e levar conhecimento para quem prestigiar o evento. A equipe deu início a esse projeto educativo com objetivo de disseminar a ciência de uma forma divertida e inovadora. 

Uma palestra sobre Astronomia com mágica, foi criada, em 2011, pelo astrofísico francês Florian Gourgeot, pesquisador de pós-doutorado do Observatório Nacional do Rio de Janeiro e também mágico. O espetáculo apresenta alguns dos mistérios do universo ilustrados pela mágica. Mais de 5000 espectadores na América do Sul e Europa já ficaram encantados com a mágica e conhecer o mundo maravilhoso da astronomia. O espectador mergulha na viagem através do sistema solar, das estrelas e das galáxias, e constata que as leis da física podem ser desafiadas pela mágica. 

O show apresenta também um Teatro de Sombras sobre Galileu, intitulado “Galileu, entre Ciência e Religião” foi criado em 2014 por Audrey Bideau e Florian Gourgeot, casal francês. As marionetes se animam com a luz para contar a vida de Galileu Galilei, primeiro astrônomo que observou o céu com uma luneta e pai da ciência moderna. As sombras das marionetes brincam tanto com as crianças quanto com os adultos e tentam explicar a compreensão do Universo com a visão da Religião na Astronomia. O espetáculo foi apresentado pela primeira vez durante a semana da ciência no rio de janeiro.

Vale a pena conferir essa apresentação!


26 de fev. de 2015

Aglomerados de galáxias crescem engolindo uns aos outros

Agrupamentos de galáxias é a especialidade de dois pesquisadores da da Universidade de São Paulo (USP), Gastão Lima Neto, e seu colega, o pós-doutorando Rubens Machado, que trabalha em simulações astronômica. Todo connoisseur sabe que, para apreciar melhor os aromas de um bom vinho, é preciso balançar de forma circular a taça antes de levá-la ao nariz. Sabe também que se fizer o gesto com muita força as ondas na superfície do líquido provocadas pelo giro – que ajudam a liberar o cheiro do vinho no ar – podem crescer até transbordarem da taça.

Observações astronômicas sugeriam que um fenômeno muito parecido com o transbordar de um líquido provocado pelo movimento giratório de seu recipiente teria acontecido em escala cósmica há bilhões de anos no aglomerado de galáxias Abell 2052. Parte do gás acumulado no centro desse conjunto de centenas de galáxias a 480 milhões de anos-luz de distância da Terra teria sido chacoalhado até espirrar para a periferia do aglomerado criando uma cauda de gás de formato espiral que se estende pelo amplo espaço entre as galáxias por mais de 800 mil anos-luz (cerca de oito vezes o comprimento da galáxia onde o Sol se encontra, a Via Láctea). Um estudo feito por Machado e Lima Neto, cujos resultados serão publicados na edição de março da Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, é o primeiro a explicar, por meio de simulações em computador, o transbordamento de gás para a espiral observada no aglomerado Abell 2052. “Os pesquisadores supunham esse mecanismo, mas ninguém havia feito cálculos para verificar”, diz Machado.

As novas simulações sugerem que, cerca de 2 bilhões de anos atrás um grupo pequeno de galáxias, com poucas dezenas delas, viajando pelo espaço com uma velocidade de mil quilômetros por segundo, atravessou a periferia do aglomerado Abell 2052, a cerca de 6 milhões de anos-luz de seu centro. Logo o pequeno grupo de passagem teria sido atraído pela enorme força gravitacional do aglomerado maior e suas galáxias começaram a girar em torno do centro do Abell 2052. Mas, como mandam as leis do movimento, toda ação tem a sua reação. De acordo com Machado, a passagem do pequeno grupo ao redor do aglomerado pôs o centro do Abell 2052 para chacoalhar. “A perturbação gravitacional do grupo pequeno puxou o aglomerado para um lado e depois para outro”, explica. “O gás que estava parado no centro do aglomerado começou a oscilar e acabou transbordando para fora.”



Machado e Lima Neto compararam os resultados de suas simulações com imagens de galáxias próximas ao aglomerado e conseguiram identificar outro grupo de galáxias na sua periferia que pode muito bem ser o causador do transbordamento. Essas galáxias têm a mesma posição e a massa total que o grupo que, segundo as simulações, teria posto o Abell 2052 para chacoalhar há 2 bilhões de anos.

O pequeno ajuntamento de galáxias tem uma massa total 10 trilhões de vezes maior que a massa do Sol (10 trilhões de quilogramas). A massa total do aglomerado Abell 2052 é 100 vezes maior: mil trilhões de massas solares. Mais assustador, porém, é saber que todas as centenas de galáxias do aglomerado, cada uma com bilhões de estrelas, somam apenas 3% da massa total do aglomerado. “Curiosamente, as galáxias são apenas um detalhe dos aglomerados, um detalhe que inclusive podemos ignorar tranquilamente nas simulações”, diz Machado.

A maior parte da massa dos aglomerados de galáxias, 82% dela, é o que se chama de matéria escura, cuja natureza ainda é completamente desconhecida pelos físicos. Os 15% restantes da massa dos aglomerados de galáxias estão na forma de gás normal espalhado pelo amplo espaço de milhões de anos-luz entre as galáxias. Esse gás é constituído principalmente de átomos de hidrogênio ionizados. Apesar de muito rarefeito, é mais quente que o núcleo do Sol e emite raios X de alta energia que são captados aqui na Terra por telescópios espaciais. Lima Neto compara a observação desse gás quente com uma radiografia médica. Observando onde há mais ou menos raios X dentro de um aglomerado galáctico, é possível fazer um diagnóstico de sua história, como foi o caso da espiral de raios X observada pelo telescópio Chandra no aglomerado Abell 2052.

O aglomerado tem esse nome por pertencer ao chamado Catálogo Abell, uma lista de mais de 4 mil aglomerados de galáxias que começou a ser compilada pelo astrônomo norte-americano George Abell, em 1958. Hoje os astrônomos sabem que esses conjuntos de centenas a milhares de galáxias se formaram por meio da fusão de aglomerados menores que colidem entre si ao longo de bilhões de anos. “São poucos os aglomerados que observamos durante o ato de colidir”, explica Machado. “Mesmo assim, há muitos aglomerados com sinais de que sofreram colisões; o objetivo das simulações é reconstituir como eles ficaram desse jeito.”

Colisão espetacular

Rubens Machado e Lima Neto decidiram fazer o trabalho com o Abell 2052 depois do sucesso que tiveram ao simular uma colisão ainda mais espetacular, que deu origem ao aglomerado Abell 3376. De massa e tamanhos semelhantes ao do Abell 2052, o 3376 está a 614 milhões de anos-luz de distância da Terra. Lima Neto participou de uma equipe internacional de astrônomos que publicou em 2006 na revista Science observações do Abell 3376, comprovando que elétrons no espaço em volta do aglomerado emitem ondas de rádio, em razão da energia que ganharam de ondas de choque geradas pela colisão entre dois aglomerados menores, que se fundiram para formar um maior. Nesse mesmo artigo, os astrônomos mostraram que o gás quente emissor de raios X no interior do aglomerado Abell 3376 se concentra em uma região com formato de arco, lembrando um cometa.


Simulações que a dupla publicou em 2013 no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society sugerem que o Abell 3376 é produto da colisão de dois aglomerados que aconteceu meio bilhão de anos atrás. Um aglomerado grande foi atingido de frente por um menor, com cerca de um sexto da massa do Abell 3376 atual. O aglomerado menor penetrou o maior e o está atravessando até hoje, a uma velocidade de 2,6 mil quilômetros por segundo. Machado explica que essa velocidade é quatro vezes maior que a velocidade do som no gás do aglomerado. A velocidade supersônica da colisão é a causa do arco comentário observado em 2006.

Para o estudo do Abell 3376, Machado avaliou mais de 200 simulações, cada uma reconstituindo 3 bilhões de anos da história do aglomerado de uma maneira diferente. Cada simulação demorava 12 horas para ser calculada. Um único computador comum demoraria 16 anos para concluir o estudo. No entanto, ele foi feito em apenas três meses utilizando o Alphacrucis, um cluster com 2.304 processadores instalado no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, em 2012.

A grande dificuldade de simular em computador a força da gravidade da matéria escura e do gás quente dos aglomerados é que a perda de energia pela emissão de raios X apaga parte da informação sobre o passado do aglomerado. “Não há critério matemático para explorar todos os cenários possíveis”, explica Machado. “Nós propusemos histórias detalhadas e fisicamente plausíveis, mas não temos como garantir que as soluções encontradas sejam únicas.” 

“Esse é o ponto fraco das simulações”, comenta o astrônomo Renato Dupke, do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, que observa colisões entre aglomerados de galáxias. Ele nota que o que se vê atualmente é uma projeção do aglomerado no céu. “É a projeção bidimensional de um objeto tridimensional, o que dificulta saber o que está acontecendo na linha de visada. Além disso, algumas propriedades do aglomerado são medidas indiretamente. Assim, podem haver várias soluções para o mesmo problema e uma análise posterior é necessária para se escolher a melhor solução.” 

É o que Lima Neto e Machado fizeram em janeiro do ano passado, quando observaram o aglomerado Abell 3376 com o Telescópio Blanco do Observatório Inter-americano em Cerro Tololo, no Chile. Os dados de suas observações ainda não foram analisados, mas o que esperam é que a distribuição de matéria escura do aglomerado, ainda desconhecida, bata com a previsão de suas simulações. “Estamos na expectativa”, conta Machado. “De qualquer jeito, vamos publicar um novo artigo em breve a respeito.” 

Matéria original: clique aqui

25 de fev. de 2015

Eclipse parcial do Sol pode reduzir geração de energia solar na Europa

O eclipse parcial do Sol que deve acontecer em 20 de março colocará à prova o sistema elétrico europeu ao reduzir consideravelmente a produção fotovoltaica - alerta um estudo publicado nesta segunda-feira (23) pelo setor. 

"Em 20 de março, num céu claro, cerca de 35.000 megawatts de energia solar, o equivalente a 80 unidades de produção de tamanho médio, vão desaparecer progressivamente do sistema elétrico europeu antes de se recuperarem progressivamente", advertiu a pesquisa realizada pela rede de gestores de redes de transporte elétrico e de gás. 

Os autores não "descartam completamente o risco de algum incidente", e lembram que países como Alemanha ou Itália dispõem de um número importante de unidades solares. "Será uma prova sem precedentes", garantiram. 

Segundo a investigação, a coordenação entre os diferentes gestores de redes será "crucial" neste dia. 

Outras fontes de produção elétrica, como a nuclear ou o carbono, poderiam ter que ser reforçadas para compensar a queda de energia fotovoltaica e garantir o fornecimento elétrico europeu. 

Placa solar instalada em casa da cidade de Freiburg, na Alemanha

Matéria original: clique aqui

24 de fev. de 2015

Anuário do Observatório Nacional 2015 está disponível


O Anuário do Observatório Nacional com as previsões dos fenômenos astronômicos, calendários, posições dos planetas e estrelas e outros dados para o ano 2015 está disponível.

Na sua 131ª edição, estão publicadas importantes informações astronômicas sobre as posições das estrelas e de astros do Sistema Solar, a orientação da Terra e as configurações de planetas e satélites. Estão divulgadas também todas as resoluções relacionadas ao sistema de hora legal e sua difusão.

O público ainda encontra no Anuário os instantes do nascer, passagem meridiana e ocaso do Sol, Lua e planetas, para as cidades de Belém, Brasília, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Para obter as informações de outras localidades, basta enviar a solicitação para o e-mail anuario@on.br.

A versão impressa do Anuário pode ser adquirida diretamente na Biblioteca do Observatório Nacional e o valor é R$ 10,00. Poderá também ser solicitada para envio postal. Para isso, é necessário gerar uma Guia de Recolhimento da União (GRU) e o pagamento poderá ser feito em qualquer banco, no valor de R$15,00. As instruções para gerar a GRU estão no linkhttp://www.on.br/coaa/conteudo/pdf/Preenchimento_da_GRU.pdf. Após o pagamento, o interessado deve enviar e-mail paraanuario@on.br com o endereço completo para o recebimento do Anuário 2015.

A versão eletrônica da publicação pode ser consultada na página do Observatório Nacional (www.on.br), na seção “Serviços”. Todos os arquivos estão disponíveis para download.

13 de fev. de 2015

Você sabe o que quer dizer os prefixos no nome de alguns cometas?

Os prefixos que aparecem nos nomes de alguns cometas, por exemplo, cometam 1P/Halley (imagem ao lado), tem um significado especial que pode dizer muito a respeito de sua natureza. O prefixo “P/” signific um cometa periódico, “C/” significa um cometa não periódico e “x/” quer dizer que este é um cometa para qual não ser calculada uma órbita confiável, isso acontece geralmente com cometas que foram observados muito antigamente e que são chamados de “cometas históricos”. O prefixo “D/” marca um cometa que se fragmentou ou foi perdido e “A/” assinala um objeto que foi erroneamente identificado como cometa mas, na verdade, é um planeta menor.

12 de fev. de 2015

Nosso planeta em movimento: Os Oceanos

Ao contrário do que o nome Terra sugere a maior parte da superfície do nosso planeta, cerca de 70%, está coberta por água. Esse grande volume de água recebe o nome genérico de oceano. 

O termo "oceano" provém de "Okeanos", palavra grega que significa "rio". Esse nome foi dado pelos antigos navegantes gregos à enorme corrente de água que eles observavam fluir para fora do Mediterrâneo, através do estreito de Gibraltar, e que sugeria ser um grande rio. 

Podemos definir oceano como sendo grandes áreas da crosta do nosso planeta que estão cobertas por água.


O fundo dos oceanos é formado por fina camada de basalto vulcânico solidificado que cobre a manta da Terra. A essa cobertura damos o nome de "costa oceânica". 

Os oceanos contêm, aproximadamente, 94% do total da água existente no nosso planeta. 

A área total coberta por eles na Terra é de 361 milhões de quilômetros quadrados e seu volume é de 1370 milhões de quilômetros cúbicos. No cálculo desses valores não incluímos os mares que não estão conectados aos oceanos, tais como o mar Cáspio. 

Como sabemos, a água que forma os oceanos é salgada. A água doce líquida disponível na Terra corresponde praticamente à água subterrânea nela existente.


A água existente no nosso planeta se distribui na atmosfera e na parte superficial da crosta até uma profundidade de aproximadamente 10 quilômetros abaixo da interface atmosfera/crosta, constituindo a hidrosfera. A hidrosfera consiste em uma série de reservatórios de água como os oceanos, geleiras, rios, lagos, vapor de água atmosférica, água subterrânea e água retida nos seres vivos. O constante intercâmbio entre esses reservatórios compreende o que chamamos de ciclo de água ou ciclo hidrológico, movimentado pela energia solar. Esse é o processo mais importante da dinâmica externa da Terra. 

Para que servem os oceanos? 

São várias as funções desempenhadas pelos oceanos e uma das principais é a manutenção do equilíbrio térmico do nosso planeta, afetando diretamente nosso clima e temperatura. 

A capacidade calorífica dos oceanos é muito importante para manter relativamente estável a temperatura da Terra. São os oceanos que moderam a temperatura do nosso planeta, absorvendo a radiação solar incidente sobre ele e armazenando-a como energia térmica. Em seguida, uma vez que o oceano é percorrido por várias correntes que estão sempre em movimento, essa energia térmica é distribuída por todo o planeta. É essa energia térmica que aquece a terra e o ar durante os frios meses do inverno e os esfriam nos meses quentes do verão. 

As correntes oceânicas desempenham um papel significante na transferência de calor no nosso planeta. Por exemplo, existem importantes correntes marítimas que levam o forte calor do equador terrestre na direção dos polos. A "Corrente do Golfo" uma das mais fortes correntes existentes, surge no Golfo do México e se desloca para o hemisfério norte. Ela passa pelo mar do Caribe, costa dos Estados Unidos e cruza o oceano Atlântico até atingir a Europa. A Corrente do Golfo transporta uma grande quantidade de calor para as regiões mais frias do hemisfério norte e, desse modo, contribui para a melhoria das condições climáticas na Europa. 

A água líquida também é responsável pela maior parte da erosão e desgaste das rochas dos continentes da Terra, um processo que é único no Sistema Solar hoje, embora ele possa ter ocorrido no planeta Marte em épocas bastante remotas. 

Os oceanos da Terra 

A International Hydrographic Organization (IHO) define que existem cinco oceanos no nosso planeta. Eles não são entidades fisicamente separadas. Ao contrário, todos os oceanos da Terra estão conectados uns aos outros. Podemos, portanto, considerar que o nosso planeta possui um único oceano, uma única estrutura global de água salgada interconectada ao longo de todo o planeta, a que damos o nome de "oceano mundial". Esse "oceano mundial" é subdividido em cinco regiões pelos continentes agora existentes na Terra. 

A tabela abaixo mostra os oceanos do nosso planeta:

*Observação: todos os valores dados acima são aproximados.



11 de fev. de 2015

Curso a distância EAD Cosmologia/2015.


O Observatório Nacional está preparando o curso Cosmologia – Da origem ao fim do universo, gratuito e a distância para você que deseja adquirir conhecimento científico.

Caso tenha interesse em participar, é simples: envie por inbox ou deixe nos comentários seu e-mail para enviarmos maiores informações.

Não fique de fora!

9 de fev. de 2015

Missão da NASA envia imagens inéditas de Plutão com uma de suas luas


Previsão é de que missão New Horizons chegue a Plutão em julho

A sonda robótica New Horizons, da NASA enviou as primeiras imagens de Plutão e sua lua gigante, Charon.

São as primeiras fotos enviadas desde que a missão da NASA começou sua contagem regressiva para chegar perto do planeta anão em julho.

Plutão e seu satélite aparecem como manchas brancas nas fotos, que foram tiradas de uma distância de 200 milhões de quilômetros.

Mas em maio, a missão New Horizons deverá enviar fotos melhores do planeta anão – que está a 5 bilhões de quilômetros da Terra.

Por enquanto, não há muitas descobertas ou conclusões científicas que possam ser feitas com essas fotos iniciais.

Plutão e a lua Charon são apenas as manchas brancas registradas 
pela sonda New Horizons a 200 milhões de km do planeta anão


A principal utilidade das imagens é garantir que a sonda esteja alinhada corretamente para o encontro histórico marcado para pouco mais de cinco meses, quando a sonda chegará perto de Plutão.

Os controladores da missão agora conduzirão uma série de pesquisas óticas de navegação. Eles querem garantir que a New Horizons não esteja indo, por engano, na direção de algum detrito próximo ao sistema de Plutão – especialmente, quando a sonda viaja a 13 km/s.

Plutão e a lua são apenas as manchas brancas registradas pela sonda a 200 milhões de km do planeta anão

As imagens

A NASA divulgou imagens de Plutão justamente no 109º aniversário de Clyde Tombaugh, que descobriu o distante mundo gelado em 1930.

O astrônomo americano morreu em 1997, mas sua filha, Annette Tombaugh, comentou: "Meu pai ficaria encantado com a New Horizons".

"Ver de verdade o planeta que ele descobriu e descobrir mais sobre ele, ver as luas de Plutão. Ele ficaria realmente muito surpreso. Tenho certeza que teria significado muito para ele se estivesse vivo hoje."

Acredita-se que Plutão tenha cinco luas. Nas novas imagens divulgadas pela Nasa, apenas Charon, uma das maiores, aparece em um décimo de segundo de tempo de exposição.

Exposições de tempo mais longos para a obtenção de imagens devem revelar outros satélites de Plutão.

A imagem dessa página foi obtida por um dos principais telescópios da missão New Horizons, o New Horizons' Long-Range Reconnaussance Imager (LORRI). Em uma aproximação maior de Plutão, que deverá ocorrer em 14 de julho, segundo as previsões, ele será capaz de captar detalhes da superfície do planeta. 

Plutão é o último dos "nove planetas clássicos" visitados por uma nave espacial. Em 2006, ele foi reclassificado como "planeta anão" pela União Astronômica Internacional. Esses "pequenos mundos" são a classe mais numerosa de planetas no sistema solar.

Matéria original: clique aqui















7 de fev. de 2015

Antena gigante vai monitorar ciclo hidrológico da Terra

O clima na sala de controle da missão na Base Vandenberg da Força Aérea, na Califórnia, estava tenso enquanto cientistas assistiam ao trabalho de suas vidas – um satélite da NASA – decolar a bordo de um foguete Delta 2 no último sábado, 31 de janeiro. Aquela foi a terceira tentativa; a primeira, na quinta-feira, foi cancelada devido a ventos fortes e a segunda, na sexta-feira, para pequenos reparos no foguete.

A carga do foguete era preciosa. O satélite – SMAP, ou “Umidade do Solo Ativa Passiva” – foi desenvolvido durante mais de duas décadas. Uma vez em órbita a 685 quilômetros da Terra o SMAP medirá a umidade contida no solo, que é fundamental para descobrir como o ciclo hidrológico do planeta está funcionando. Ele também fará análises de solos do Hemisfério Norte e identificará regiões que estão sequestrando carbono e ajudando a reduzir o aquecimento global.

Quando a contagem regressiva começou, o SMAP estava perfeitamente seguro na cobertura do foguete.

Estava escuro dentro da minha cobertura e eu estava ansiosa para ser lançada para que pudesse começar minha missão científica”, escreveu ela.

Em poucos segundos o Delta 2 se tornou um brilho alaranjado no céu, carregando o satélite a 27.000 km/h, rápido o bastante para escapar da gravidade da Terra e entrar em órbita.

Então, cerca de 50 minutos após o lançamento, o SMAP se separou do foguete. Com a Terra azul e branca ao fundo, o satélite abriu seus equipamentos solares gêmeos e entrou em órbita.

Esforços centrados na carreira

Na base Vandenberg os pioneiros da missão, como Tom Schmugge, engenheiro aposentado da NASA que foi o primeiro a sugerir a ideia de uma pesquisa de umidade do solo, e outros cientistas que dedicaram suas vidas à missão explodiram em vivas, abraços e apertos de mão.

Eu acho que todos os que contribuíram para essa missão devem se sentir muito aliviados, porque os primeiros passos fundamentais foram tomados sem qualquer problema”, escreveu por email Ted Engman, engenheiro aposentado da NASA que trabalhou na missão SMAP durante grande parte de sua carreira.

O satélite sobrevoou três estações terrestres de rastreamento e transmissão em Svalbard, no Alasca e na Estação McMurdo na Antártica, e se comunicou com todos os três sem problemas, declara Kent Kellog, diretor de projetos do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.

As fases mais tensas já estão concluídas e o próximo passo a observar a ativação da antena gigante da sonda. Com o tamanho de uma roda gigante, essa antena contém uma malha refletora de ouro e é a única parte do satélite que não foi testada na Terra devido ao seu tamanho assombroso.

O satélite enviará pulsos de microondas para a Terra que serão refletidos pela umidade contida dentro do solo. A antena do satélite receberá as ondas refletidas e detectará mudanças na energia, que revelarão a quantidade de água contida em solos de todo o mundo, do Ártico aos trópicos.

O SMAP é a quinta missão terrestre lançada pela NASA nos últimos 11 meses.

Matéria original: clique aqui

6 de fev. de 2015

Observatório Nacional doa livros para rede pública municipal de ensino de Teresina - PI


O Observatório Nacional, através da Divisão de Atividades Educacionais (DAED), doou 35 livros do acervo de divulgação científica para o programa _Cidade Olímpica Educacional_, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (SEMEC) com o objetivo de desenvolver as potencialidades de alunos da Rede Pública Municipal com desempenho escolar acima da média em Teresina, Piauí. O ON visa colaborar com o desenvolvimento da educação científica dos alunos durante o ano letivo de 2015.

O material doado irá levar conhecimentos nas áreas de Astronomia, Astrofísica e Geofísica. Para Carlos Veiga, chefe da Divisão de Atividades Educacionais, as publicações podem despertar o interesse dos jovens estudantes para a ciência e melhor compreensão do universo. 

"Com esses livros esperamos contribuir para a atualização e capacitação de professores para o ensino de ciência, bem como para a melhoria da qualidade no aprendizado dos alunos da rede pública de ensino e população em geral", disse. 

A Divisão de Atividades Educacionais (DAED) é o setor responsável pelas participações do Observatório Nacional em feiras de ciências e tecnologias. Também é função do DAED planejar, organizar, elaborar e implementar projetos de publicações em revistas, séries de coleções, folhetos, folders, cartazes e outros meios de divulgação e de produção de materiais didáticos.

Saiba mais: clique aqui.

Astrônomos detectam planetas rochosos em sistema antigo


O grupo mais antigo atualmente conhecido de mundos terrestres se formou
há cerca  de 11,2 bilhões de anos

Nosso sistema solar parece ter um mini sósia. Astrônomos descobriram que a estrela Kepler 444, semelhante ao sol, é orbitada por cinco planetas rochosos que vão do tamanho de Mercúrio ao de Vênus. Os planetas ficam agrupados perto de sua estrela, tornando-a uma versão miniatura de nosso sistema solar – e muito, muito mais velha. A descoberta foi publicada no periódico The Astrophysical Journal

Kepler 444 e seus planetas se formaram há cerca de 11,2 bilhões de anos, quando o Universo tinha menos de um quinto de sua idade atual. Essa data torna esse sistema o grupo mais antigo de mundos terrestres conhecidos. 

A descoberta informa cientistas que planetas rochosos, semelhantes à Terra, já estavam se formando no início da história do Universo, e sob condições muito diferentes daquelas de nosso Sol e planetas, nascidos há apenas 4,6 bilhões de anos. 

Astrônomos detectaram esses planetas usando o telescópio Kepler, que mede a leve diminuição no brilho de uma estrela provocada quando planetas em sua órbita passam na frente dela. Uma segunda técnica, chamada de astrosismologia – a medida de oscilações mínimas no brilho da estrela – revelou o tamanho, massa e impressionante idade de Kepler 444. Pesquisadores apontam que essas informações fornecem bilhões de anos adicionais para que a vida extraterrestre ancestral pudesse se desenvolver lá fora. 

Matéria original: clique aqui

Calendário Astronômico: Dia 6 de Fevereiro ocorre a oposição do planeta Júpiter.

É uma ótima oportunidade para observação desse planeta. Júpiter poderá ser visto com mais facilidade da Terra, devido ao fato de estar oposto ao Sol. Logo, a nosso planeta ficará exatamente entre Júpiter e o Sol. Será possível ver o planeta com telescópios de médio alcance.


5 de fev. de 2015

Nosso planeta em movimento: Florestas tropicais, os ventos e atmosfera da Terra

Durante muito tempo repetiu-se a exaustão que "a Amazônia é o pulmão do mundo". Com isso pretende-se dizer que nossa atmosfera dependia fortemente dos processos de trocas gasosas que ocorriam nas imensas árvores das florestas tropicais. 

Isto não é verdade. Se por um lado essa campanha servia como justificativa maior para a defesa da floresta amazônica, o que era e é muito bom, por outro fazia com que as pessoas repetissem algo que a ciência já havia comprovado não ser verdadeiro. 

Na verdade, a maior parte do oxigênio que forma a nossa atmosfera não é produzido por plantas e sim pelos oceanos que cobrem mais de 70% do nosso planeta.

Lutar contra o desmatamento da Amazônia é uma obrigação de todos nós. É um patrimônio biológico incomparável, riquíssimo e ainda bastante inexplorado. Entretanto, não podemos fazer esta defesa baseada em premissas falsas.

A Amazônia hoje é cobiçada não por ser "pulmão do mundo", o que não é, mas sim pelas riquezas que ela pode oferecer, principalmente às grandes multinacionais envolvidas com pesquisas de produtos farmacêuticos. 

Os ventos 

Chamamos de ventos aos deslocamentos do ar que forma a nossa atmosfera. Esse deslocamento é, em geral, um movimento quase horizontal, ao contrário das chamadas "correntes" que se caracterizam por ter movimento ascendente ou descendente. 

Os ventos são causados por diversos fatores. As duas maiores influências são a diferença que existe no aquecimento do equador e dos polos da Terra, assim como a própria rotação do nosso planeta. 

Classificando ventos 

Existe uma escala, chamada "Escala Beaufort", que classifica os tipos de ventos baseando-se em sua velocidade de deslocamento. 

A escala Beaufort, mostrada abaixo, foi criada em 1806 por Sir Francis Beaufort, um oficial da marinha inglesa.


Sobre Furacões e Tufões 

Os termos "furacão" e "tufão" são designações regionais para um "ciclone tropical forte". O termo "ciclone tropical" é um termo genérico que designa um sistema de baixa pressão não frontal que se forma sobre águas tropicais ou subtropicais com uma forte circulação de ventos. 

Os ciclones tropicais cujos ventos se mantém a velocidades menores do que 17 m/s (34 nós) são chamados de "depressões tropicais". Lembre-se que "nó" é uma medida de velocidade e corresponde a 0,51444 m/s ou 1852 km/h. 

Quando um ciclone tropical possui ventos de pelo menos 17 m/s (34 nós) eles são chamados de "tempestades tropicais" e recebem um nome. 

Se os ventos de um ciclone tropical atingem 33 m/s (64 nós) eles são chamados de:


A imagem abaixo mostra o furacão Catarina que atingiu a costa sul do Brasil, ao norte da cidade de Torres. Essa cidade fica no nordeste do Rio Grande do Sul e foi atingida pelos fortes ventos na tarde do dia 28 de março de 2004. Os meteorologistas estimaram que os ventos tinham velocidade próxima a 135 km/h. O furacão Catarina tinha cerca de 320 km de diâmetro.


Medindo a intensidade dos furacões 

Em 1969, o engenheiro civil Herbert Saffir e o Dr. Bob Simpson, diretor do National Hurricane Center, nos Estados Unidos, criaram uma escala cujo objetivo é classificar os furacões segundo a velocidade de seus ventos. Essa escala passou a ser chamada de "Saffir-Simpson Hurricane Scale" (Escala de Furacões Saffir-Simpson). Ela não é a única escala existente com esse objetivo. A Escala Saffir-Simpson é usada somente para descrever furacões que se formam no Oceano Atlântico e no norte do Oceano Pacífico a leste da linha internacional de data. Outras áreas usam diferentes sistemas de classificação para os ciclones e tufões.


4 de fev. de 2015

O que são Aglomerados Globulares?

Estes são agrupamentos de estrelas em forte interação gravitacional que assumem a forma de esfera e que estão em órbita em torno da região central de uma galáxia. A densidade de estrelas em um aglomerado globular é relativamente alta, aumentando na direção do seu centro. Os aglomerados são encontrados nos halos das galáxias e possuem muito mais estrelas do que os aglomerados abertos, que são encontrados nos discos das galáxias. Conhecemos cerca de 150 aglomerados globulares no halo da nossa Galáxia e talvez ainda existam mais uns 10 ou 20 a serem descobertos. A imagem ao lado mostra o aglomerado globular NGC 6093, da constelação Scorpius, localizado a uma distância de 32600 anos-luz de nós.

3 de fev. de 2015

Anéis de exoplaneta recém-descoberto são 200 vezes maiores que os de Saturno


Parece que o soberbo Saturno acaba de perder o título de planeta com os anéis mais incríveis da galáxia: astrônomos da Universidade de Rochester e do Observatório Leiden anunciaram recentemente a descoberta de um exoplaneta que possui um sistema de anéis 200 vezes maior que o de nosso vizinho. Batizado de J1407b, o astro chega a superar Júpiter em tamanho, e as estruturas circulares que o rodeiam medem impressionantes 120 milhões de quilômetros, número que quase alcança a distância da Terra até o Sol. E falando em nosso planeta, imagine dissolvê-lo e realocar suas partículas de poeira em torno de um gigante gasoso – de acordo com os cientistas, a massa dos anéis é parecida com a da Terra.

Segundo o astrônomo Matthew Kenworthy, autor principal do artigo publicado pela Royal Astronomical Society, se fosse possível substituir os anéis de Saturno por estes, eles poderiam facilmente ser vistos a olho nu no nosso céu noturno, e seriam muitas vezes maiores do que a lua cheia. Mas apesar de serem absurdamente grandes, nossos telescópios ainda não conseguem enxergá-los. “A estrela está muito distante para observarmos os anéis diretamente, mas nós conseguimos fazer um modelo detalhado baseado nas rápidas variações de brilho na luz da estrela ao passar pelo sistema de anéis”, explicou o pesquisador.

As partículas que orbitam o exoplaneta bloqueiam grande parte da luz estelar que nossos instrumentos conseguem captar da Terra. “No caso da J1407, nós vemos os anéis bloqueando durante dias 95% da luz desta jovem estrela parecida com nosso Sol, então existe muito material lá que poderia formar satélites”, diz Eric Mamajek, astrônomo da Universidade de Rochester e coautor da pesquisa. Os cientistas acreditam que, assim como Saturno, o astro possua dezenas de “luas pastoras”, que ficam localizadas nos espaços entre um anel e outro.

Matéria original: clique aqui

2 de fev. de 2015

Espaçonave perdida é encontrada em Marte


O Natal de 2003 foi triste para cientistas que estudam o planeta Marte, porque um dos presentes que eles mais queriam nunca chegou: a sonda Beagle 2, de construção britânica, deveria aterrissar no Planeta Vermelho, ligar para casa com as boas novas e começar uma nova busca por vida. No entanto, os controladores da missão não ouviram nada. Eles finalmente declararam que a Beagle 2 estava perdida após meses de silêncio. Muitos cientistas espaciais acreditavam que ela tivesse realizado um pouso forçado ou se partido na fina atmosfera marciana.

Agora, porém, o destino final da Beagle 2 finalmente foi encontrado. Novas imagens do Orbitador de Reconhecimento Marciano, da NASA, revelaram a sonda em sua região de aterrissagem pretendida, uma imensa cratera de impacto perto do equador marciano.

A sonda, com dois metros de largura, aparece como um conjunto de pixels de baixa resolução nas imagens. Mas pesquisadores coletaram informações suficientes para tentar entender o que provavelmente saiu errado: os painéis solares da sonda parecem ter sido apenas parcialmente abertos, reduzindo a energia da Beagle 2 e impedindo que ela ligasse para casa. Sem contato com o controle da missão, a sonda estava fadada a uma morte lenta, antes mesmo que pudesse conduzir qualquer experimento científico.

Aparentemente a sonda está intacta, e os restos de um paraquedas e uma cobertura de entrada atmosférica estão a centenas de metros de distância. Agora a Beagle 2 pode ser considerada um sucesso parcial, levando ao Reino Unido um presente de Natal bem tardio: a primeira aterrissagem solo da nação em outro planeta.

Matéria original: clique aqui