14 de out. de 2015

O que você sabe sobre buracos negros?

Sagittarius A é o buraco negro localizado no centro da Via Láctea. Créditos: Raio-X: NASA/UMass/D.Wang et al., IR: NASA/STScI


  • O que é um buraco negro?

Buraco negro é uma região no espaço onde a gravidade é tão forte que nem a luz consegue escapar. Isso acontece, pois, a matéria sofre uma forte pressão até que ocupe um espaço mínimo, o que também pode acontecer com uma estrela em seus momentos finais (buraco negro estelar).
Porque a luz não consegue escapar, os buracos negros não podem ser vistos. Eles são invisíveis. Detectores de imagens, de alta performance acoplados aos telescópios espaciais ajudam a identificar um buraco negro a partir do comportamento das estrelas que estão muito próximas a eles.


  • Qual é o tamanho dos buracos negros?

Astrônomos acreditam que os menores buracos negros podem ser tão pequenos quanto um único átomo, mas possuem a massa de uma enorme montanha.
Existem buracos negros “estelares”. Sua massa pode ser maior do que 20 vezes o nosso Sol. Há uma incrível quantidade de buracos negros estelares na Via Láctea.
Os maiores buracos negros são chamados "supermassivos" e tem a massa equivalente a mais de um milhão de sóis juntos. Cientistas encontraram provas de que toda galáxia grande tem um buraco negro supermassivo em seu centro. O buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea, Sagittarius A, tem a massa equivalente a 4 milhões de sóis e caberia dentro de uma bola contendo alguns milhões de Terras.


  • Como os buracos negros se formam?

Astrônomos acreditam que os menores buracos negros surgiram junto com a formação do universo.
Buracos negros estelares são formados quando o centro de uma grande estrela entra em colapso. Quando isso acontece, a estrela explode, tal qual as supernovas.
Acredita-se que buracos negros supermassivos foram formados junto com a galáxia a qual habitam.


  • Se buracos negros são "negros", como cientistas conseguem saber onde eles estão?

Buracos negros não podem ser vistos porque até mesmo a luz é atraída por sua força gravitacional. O que pode ser visto é o comportamento de estrelas e gases na vizinhança deles. Cientistas conseguem estudar estrelas para descobrir se elas estão orbitando um buraco negro.


  • Há chances de um buraco negro destruir a Terra?

Buracos negros não circulam pelo espaço atraindo estrelas, satélites e planetas A Terra não poderá ser atraída por um buraco negro porque não há nenhum perto do Sistema Solar.

Mesmo se um buraco negro do mesmo tamanho do Sol tomasse o seu lugar, a Terra ainda assim não seria atraída. O buraco negro teria a mesma gravidade que a nossa estrela, fazendo com que a Terra e os demais planetas simplesmente o orbitassem como orbitam o Sol.

O sol nunca vai se tornar um buraco negro, pois não é grande o suficiente para formar uma supernova.

11 de out. de 2015

NASA confirma evidências de água salgada na superfície de Marte

Créditos: NASA/JPL/Universidade do Arizona
Dados do satélite Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) mostraram recentemente que Marte não é o planeta seco como se imaginava. Manchas escuras observadas na superfície do planeta vermelho podem estar ligadas à presença de água, possivelmente mantida em estado líquido por causa dos depósitos de sal contidos nos declives marcianos - assim como sal jogado nas estradas auxiliam no derretimento do gelo em países cuja neve é abundante.

Astrônomos da NASA observaram que essas manchas aparecem e fluem durante as estações mais quentes e desaparecem quando a temperatura é mais baixa, reforçando a ideia de que as marcas escurecidas estariam associadas ao fluxo de água salgada. A temperatura média no planeta é de -62ºC e a descoberta traz consigo a possibilidade da existência de vida em Marte.

A NASA precisou enviar sondas durante vários anos para desvendar esse mistério, mas a origem da água em estado líquido nos penhascos e paredões na superfície marciana ainda é desconhecida. Dados obtidos pelo estudo levam cientistas a especularem que ela venha de aquíferos salgados, se condense devido a atmosfera ou, em diferentes partes do planeta, uma combinação dos dois fatores.

A descoberta mostra que Marte pode ter sido como a Terra no passado e ter perdido os seus mares e lagos devido a extremas mudanças climáticas. O oceano no planeta vermelho teria existido por aproximadamente 1,5 bilhão de anos e conforme a atmosfera ficou mais fina, a queda na pressão do ar provocou a perda da água, deixando para trás apenas 13% da quantidade de água líquida que Marte um dia teve e nos alertando sobre os possíveis resultados de uma drástica alteração climática no planeta.

8 de out. de 2015

Descoberto oceano em satélite natural de Saturno



Sob a espessa camada de gelo de Encelado, sexta maior lua de Saturno, astrônomos da NASA descobriram haver um oceano quente e imenso. Pesquisas anteriores apontaram que poderia ter água na região polar sul do satélite, mas dados coletados durante sete anos indicam que esse oceano pode ser de escala global, separando a crosta de gelo do seu núcleo.

"Se a superfície e o núcleo fossem rigidamente conectados, o período orbital do satélite seria muito menor do que observamos", disse Matthew Tiscareno, cientista da Cassini no Instituto SETI e coautor da pesquisa. "Isso prova que há uma camada global de líquido separando a superfície do núcleo."

O achado indica que o vapor, as partículas de gelo e moléculas orgânicas simples observadas nas rachaduras próximas ao pólo sul de Encelado são alimentadas pela reserva de água contida em seu interior. Cientistas também observaram que sua órbita é ligeiramente irregular por não ter um formato perfeitamente circular e sua velocidade orbital ser mais lenta ou rápida em diferentes partes da sua trajetória em torno de Saturno.

Não se sabe como o oceano no interior de Encelado não congelou. No entanto, cientistas veem o calor gerado pelas marés, estas provocadas pela gravidade de Saturno sobre o satélite, como um dos possíveis fatores que preveniram isso de acontecer.

5 de out. de 2015

NASA divulga novas imagens de Plutão




No dia 24 de stembro, cientistas divulgaram imagem de alta resolução registrada pela sonda New Horizons durante sua passagem pela órbita de Plutão. A alta qualidade foi possível a partir da combinação de imagens registradas nas cores vermelho, azul e na região infravermelho do espectro.

A imagem nos revela que Plutão tem uma superfície rica em cores que vão do azul claro, ao amarelo, laranja e vermelho escuro. Muitas partes do planeta anão têm cores distintas e mostram uma história climatológica e geológica complexa. 


Outra imagem recente mostra que a superfície das cordilheiras em Plutão se assemelha a escamas de répteis. Cientistas acreditam que a estranha formação possa ter sido causada por movimentos tectônicos internos e a sublimação do gelo na superfície gerada pela pouca quantidade de luz solar incidindo sobre o planeta.


Esses registros são apenas uma prévia do pedaço de informação que New Horizons enviou de volta à Terra recentemente. A sonda espacial passou por Plutão em julho, muito próximo de sua superfície e produziu centenas de imagens que, por estarem a bilhões de quilômetros de distância, chegarão aos poucos.





2 de out. de 2015

Astrônomos identificam novo buraco negro de tamanho médio

Região central da galáxia NGC1313, localizada a 14 milhões de anos-luz da Via Láctea, onde NGC1313X-1 se encontra. Crédito: ESO
Por anos astrônomos observaram que a maior parte dos buracos negros aparecem em dois tamanhos: buracos negros de massa estelar que possuem algumas dezenas de vezes a massa do nosso Sol ou buracos negros supermassivos, possuindo de milhões a bilhões de vezes a massa do Sol. Já se acreditava na existência de uma nova escala no meio desses dois extremos, mas por existirem poucos "candidatos" a serem observados, evidências se tornaram difíceis de se encontrar.

A pesquisa realizada por astrônomos da Universidade de Maryland e no Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA coletou dados sobre um buraco negro de aproximadamente 5.000 vezes a massa do Sol, reforçando a teoria de que esses objetos existem em diferentes escalas.


NGC1313X-1 foi classificado como fonte de raio-X ultra luminoso e por isso está entre as fontes de raio-x mais brilhantes do nosso universo. Não é fácil explicar o porquê desse tipo de fonte ser tão brilhante. Alguns astrônomos acreditam que são buracos negros de massa intermediária atraindo matéria ativamente e produzindo quantidades massivas de fricção e radiação de raio-x no processo.